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Feijão - Feijão segue caro na véspera de leilão oficial
Data: 20/05/2010
 
Para conter alta ao consumidor, Conab leiloa hoje (20) parte de seus estoques. Cotações recuaram cerca de 5% no campo em maio, mas preços seguem elevados nos supermercados e acumulam valorização média de 69% em 2010

A notícia de que o governo federal irá liquidar os estoques públicos de feijão derrubou as cotações no campo, mas não conseguiu conter a alta dos preços no varejo. Desde o início do mês, quando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou que iria colocar no mercado parte de seus estoques, a cotação da saca ao produtor caiu entre 4% (carioca) e 5% (preto) no Paraná, conforme levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento (Seab). Mas nas prateleiras dos supermercados de Curitiba os preços continuam avançando. De acordo com o serviço Disque Economia da prefeitura, o quilo do produto acumula alta de 22% (carioca) e 32% (preto) em maio.

Para tentar segurar o preço ao consumidor, a Conab pretende colocar no mercado cerca de 40 mil toneladas do grão nas próximas semanas, o equivalente a cerca de 20% dos estoques públicos nacionais. No primeiro leilão de venda, que ocorre hoje (20), serão ofertadas 9,06 mil toneladas de feijão de cor. 56% deste produto, pouco mais de 5 mil toneladas, estão depositados no Paraná, o maior produtor nacional da leguminosa. O volume corresponde a cerca de 7% dos estoques acumulados pela Conab no estado na safra passada. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia também terão lotes ofertados.

Para Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe), os leilões da Conab tiveram efeito psicológico no mercado, baixando as cotações ao produtor momentaneamente, mas não devem ter força para conter a alta nas prateleiras. "Estamos no auge da colheita da segunda safra, e o produtor quer aproveitar os preços bons. Por isso, tudo que sai da lavoura é colocado no mercado quase que imediatamente. Mas quando souberam que o governo iria vender seus estoques, cerca de 20 dias atrás, cerealistas, empacotadores e supermercados suspenderam suas compras. Por isso os preços caíram", explica.

Ele observa que leilões de venda como o de hoje geralmente afetam muito mais o mercado antes de serem realizados do que depois. "Até porque o interesse de compra não deve ser muito grande", afirma Lüders. "Esse feijão da Conab é bom, mas, por ser antigo, já perdeu a cor. E feijão dessa qualidade, nota 6, não falta no mercado", avalia. O analista considera que o preço de venda estipulado pela estatal para o leilão está acima do valor de mercado. Ele relata que o mesmo produto que a Conab oferta por R$ 90 a saca pode ser comprado no mercado disponível por R$ 55 a R$ 60.

Os grãos novos, que estão sendo colhidos agora em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Paraná e Santa Catarina, têm cotação de três dígitos e devem continuar subindo nos próximos meses, afirma Lüders. Ele relata, entretanto, que o excesso de chuva e os ataques de mosca branca estão atrasando o plantio da terceira safra no Centro-Oeste do país e que a tendência é que haja uma concentração da oferta entre julho e agosto. Por isso, ressalta, os preços do grão devem registrar breves momentos de baixa durante esse período, mas com tendência de alta no médio prazo.

O risco é de o consumidor voltar a ver, no segundo semestre, preços tão altos quanto os de dois anos atrás. Em janeiro de 2008, a cotação da saca do feijão carioca chegou a R$ 300 ao produtor. Na gôndola dos supermercados, os consumidores chegaram a pagar até R$ 9 pelo quilo do produto.

Desde o início do ano, os preços recebidos pelos produtores paranaenses já subiram entre 32% (preto) e 85% (carioca). A saca do preto vale hoje pouco menos de R$ 70 e o carioca está cotado a cerca de R$ 100. No varejo, a alta acumulada é de, respectivamente, 66% e 71%. Em média, o consumidor curitibano está pagando R$ 2,89 pelo quilo do feijão preto e R$ 3,39 pelo carioca, mas o carioquinha chega a custar mais de R$ 5 em alguns supermercados da cidade.



Fonte: Gazeta do Povo
 
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